No último dia 04 de julho de 2011, a Cia. Provisório-Definitivo completou 10 anos de existência, se considerarmos a estreia de "Verdades, Canalhas" (Texto do Mário Viana com direção de Hugo Possolo) como o início do Grupo. De lá pra cá, infinitas coisas aconteceram, tivemos a oportunidade de trabalhar com inúmeros profissionais que nos ajudaram a criar uma cara para o grupo ou reconfigura-la. Daniel Dottori e Aline Ferraz, que começaram essa jornada ao nosso lado, foram imprecíndiveis num começo de ideia aonde nada, nem ninguém, parecia crer na possibilidade de começar um grupo. Como o Hugo Possolo uma vez disse num ensaio, ninguém dá dinheiro, credibilidade ou apoio, pra algo que ainda não existe. Ele tinha razão. E realmente não existe milagre... Cada milímetro conquistado só é possível com muito suor e teimosia.
Mas, não podemos nos queixar. Pra mim e para o grupo, ter tido a oportunidade de aprender com alguém que se fez do nada como o Hugo e criou um trabalho e um grupo com uma identidade ímpar como OS PARLAPATÕES, foi de uma importância incomensurável. Não é tão fácil encontrar mestres por aí que te ensinem a criar o seu. E foi isso que eu aprendi com ele e com os Parlapas. A criar o meu. O nosso.E a partir daí, somam-se figuras extraordinárias como artistas. Como Mário Viana, que nos apadrinhou de tal forma, com uma extrema generosidade. E nos levou, muitas vezes, individualmente ou em grupo, pra onde ele pudesse nos levar. Daí somam-se Cris Lozano e Marcos Loureiro, diretores importantes, que bancaram ideias sem garantia de retorno.
E parceiros assim, continuaram a aparecer. Para o meu olhar incrédulo, o fato de fazer 3, 4, 5 peças com artistas importantes não era ainda visto como algo garantido. Talvez nem com 40 peças teremos garantias de nada. Foi assim com Mário Bortolotto, quando ele dirigiu TAPE. Foi inadmissível pra mim a não obtenção de recursos que aconteceu com a peça. Mas até aí, qual artista ou grupo de teatro que não tem lá suas frustrações? Quando apresentamos a peça ainda hoje, fica evidente no palco uma maturidade de encenação quase ímpar no Brasil. A direção de Tape é primorosa.
E depois disso, de novo, chamamos a Soledad Yunge e não conseguimos recursos pra um infantil que dois meses atrás se conectou de forma mágica com as crianças em platéias de 400 lugares dos CEUS.Felizmente, nem sempre foi tormenta.
E com a Lavínia Pannunzio, ganhamos o Festival da Cultura Inglesa com o nosso Pelos Ares. Uma peça que abre as portas pruma explosão de força do nosso grupo e prum começo de maturidade. E a Lavínia é de uma generosidade como diretora e parceira que só é menor que o seu talento.
E, por fim, talvez mais importantes sejam os atores. Então, lá vai, um agradecimento caloroso a: meu parceiro e amigo Marcelo Selingardi; meu companheiro de muitas jornadas e braço firme na luta Fabek Capreri; Paula Klein, Maria Laura Nogueira, Francisco Eldo Mendes, Sofia Botelho, Thiago Andreuccetti, Flávio Tolezani, Aline Filócomo, Aline Abovsky, Jiraia -Lucas Araújo, Carolina Fauquemont, Carolina Manica, Perla Frenda, Fábio Rosa, João Paulo Bienemman e Marco Barretho. Atores, que estiveram nos palcos com ou sem a gente, assegurando essa continuidade.
Obrigado aos artistas e técnicos que ciraram cenários, figurinos e luzes incríveis para as peças.
Obrigado a Vinícius Andrade, o Xima, que ajudou a contruir no backstage toda a história que foi vista por quem estava na plateia.
Obrigado a Carlos Baldim e Thaís Medeiros que agora ajudam a construir essas história.
E é nóis, Paula Arruda! Parabéns e obrigado por estar comigo em toda essa história.
Tá parecendo discurso de encerramento, não é? Mas não. É o começo. Apenas o começo de uma nova história que está sendo escrita. E é isso que a gente vai contar pra vocês por aqui.
Com vocês, o Projeto de Fomento
"Cia. Provisório-Definitivo 10 anos!"
A jornada começa agora!
Para o alto e avante!